Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Entre os dias 12 e 14 de abril foi realizada uma oficina sobre turismo de base comunitária na comunidade Ubim, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã. A organização desta oficina foi uma iniciativa dos próprios moradores da Unidade de Conservação, que almejam iniciar um projeto de turismo na região. O Instituto Mamirauá foi uma das organizações convidadas para ministrar palestras durante a oficina, compartilhando sua experiência com empreendimentos deste modelo.

A oficina reuniu representantes de comunidades localizadas no Lago Amanã, como Santa Luzia do Juazinho, Bom Socorro e Bom Jesus do Baré, além do Ubim. Pedro Nassar, coordenador do Programa de Turismo de Base Comunitária do Instituto Mamirauá, organizou uma roda de conversa durante o evento, compartilhando conhecimentos sobre os fundamentos do turismo de base comunitária, boas práticas em turismo e perspectivas futuras para a implementação do projeto na Reserva Amanã. Além disso, o pesquisador do Instituto Mamirauá Daniel Tregidgo, que trabalha com segurança alimentar e nutrição, ministrou uma oficina sobre o valor nutricional de alimentos regionais e como aplicá-los à culinária de maneira atrativa para um empreendimento turístico.

A oficina também contou com uma palestra de Viviane Marcos, economista sócia da Eleve360 Consultoria e colaboradora do Impact Hub Manaus, sobre gestão administrativa e planejamento financeiro para empreendimentos que estão no início de sua trajetória. A organização da oficina convidou também Paulo Martins, morador da comunidade Boca do Mamirauá, Reserva Mamirauá, para compartilhar sua experiência trabalhando em uma iniciativa de turismo de base comunitária similar à que pretende-se implementar na Reserva Amanã.

O turismo de base comunitária é uma importante ferramenta para a gestão do território e autogovernança de comunidades tradicionais, podendo se tornar uma fonte de renda essencial que concilia o desenvolvimento sustentável com a conservação da biodiversidade. A oficina se destacou como um marco no processo de consolidação do turismo na Reserva Amanã.

Texto: Miguel Monteiro